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NEWS: Teor de sal no pão pode ainda ser (mais) reduzido.

O pão é um alimento muito comum na gastronomia portuguesa e está presente na alimentação da maioria da população. Hoje em dia, a oferta ao nível do mercado é muito variada e já é possível escolher um tipo de pão dentro de uma vasta gama de formas, sabores e particularidades também ao nível nutricional (com mais fibra, sem glúten, proteico, etc.) A questão do teor de sal no pão tem sido tema há já vários anos. A legislação em vigor prevê um teor máximo de sal de 1,4g por 100g de pão e está em vigor há 6 anos.

Um estudo recente realizado pela Sociedade Portuguesa de Hipertensão revelou que o teor de sal pode ser ainda mais reduzido, sem que os consumidores sintam essa alteração ao nível do sabor. Assim, foram analisados quatro tipos de pães de dez padarias de cinco distritos da região Norte de Portugal. Para o estudo em causa foram produzidas também fornadas com um teor de sal habitual, para servir de controlo. Os resultados revelaram que é possível reduzir o teor para 1,1g por 100g sem que se verifiquem alterações no consumo, nomeadamente ao que diz respeito ao sabor.

Estes resultados vieram comprovar a importância do estímulo da redução de sal no pão nas padarias já que esta medida tem um impacto muito positivo na saúde dos portugueses que têm praticamente um consumo diário deste alimento, na sua alimentação.

A não alteração de sabor permite que as pessoas continuem a consumir o pão que, com moderação, é um alimento saudável e previsto na alimentação mediterrânea, e permite a redução do consumo de sódio na dieta.

A equipa Nutrihome reforça o alerta para o consumo excessivo de sódio já que a prática poderá ter consequências diretas na sua saúde nomeadamente no aumento da pressão arterial e no aparecimento de doenças cardiovasculares. Lembramos ainda que pode, a partir de sua casa, reduzir a adição de sal nas confeções, optando por ervas aromáticas e especiarias, estar atento aos rótulos e evitar o consumo de produtos de charcutaria, refeições pré-feitas, salgados e aperitivos.

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Glúten e Doença Celíaca – Entrevista à Dr.ª Rita Jorge, Nutricionista da Associação Portuguesa de Celíacos (APC)

A moda APNdas dietas sem glúten tem vindo a ganhar “seguidores” no padrão alimentar de muitos portugueses. À parte das tendências alimentares do século XXI, muitas vezes dadas a conhecer pelas redes sociais e com alguma falta de fundamentação científica, há uma condição clínica inerente ao consumo do glúten e que afeta milhares de portugueses: a doença celíaca. Para responder às muitas questões inerentes a este tipo de alimentação e para que possa ver respondidas aquelas que eventualmente são as suas dúvidas, entrevistámos a Dr.ª Rita Jorge, nutricionista da Associação Portuguesa de Celíacos (APC) que muito amavelmente aceitou o nosso convite.

O que é a doença celíaca?

Trata-se de uma doença autoimune, que ocorre em indivíduos com predisposição genética e que se traduz numa intolerância alimentar crónica ao glúten. A ingestão de glúten desencadeia uma reação imunológica no intestino delgado que provoca lesões ao nível da mucosa intestinal traduzindo-se numa má absorção de nutrientes.

Como é que poderá ser feito o diagnóstico da doença celíaca?

O diagnóstico em si é fácil, o difícil é fazer com o que o profissional de saúde “se lembre” de que pode ser uma doença celíaca já que os sintomas são confundíveis com outras situações clínicas. Tem de se ter em conta o quadro clínico da pessoa e faz-se uma análise sanguínea específica para o diagnóstico desta patologia, atualmente já comparticipados pelo sistema nacional de saúde. Posteriormente, para confirmação, faz-se uma endoscopia digestiva alta com biópsia. Este exame deve ser realizado por um médico sensibilizado para a doença, que vá procurar a presença de lesões típicas desta doença. Com a ingestão de glúten existe a produção de anticorpos que vão atacar as vilosidades intestinais que vão ficando achatadas o que vai diminuir a absorção de nutrientes.

Que sintomas existem na presença desta doença? Ocorrem apenas a nível intestinal?

Os sintomas clássicos são gastrointestinais como diarreia, vómitos e prisão de ventre. Ainda nas crianças verifica-se a ausência de crescimento e não aumento de peso nomeadamente a partir dos 6 meses, com a introdução do glúten na alimentação. Atualmente os pediatras estão mais despertos para esta doença, o que permite que a criança não venha a evidenciar sintomas graves. Além dos sintomas gastrointestinais, podem ocorrer estomatites aftosas, quadro de irritabilidade, anemia crónica, esteopenias e osteoporoses precoces (não absorção de cálcio e vitamina D), infertilidade, problemas ao nível da tiroide, alguns casos de Diabetes Mellitus, depressão. É por existir uma vasta possibilidade de sintomas e tão pouco específicos, que se torna difícil o diagnóstico.

Qual é a diferença entre a doença celíaca e a intolerância ao glúten?

Além dessas condições clínicas existe ainda a alergia, nomeadamente alergia ao trigo. No caso da doença celíaca, é uma reação imunológica com forte componente genética e é crónica. Nas intolerâncias não há resposta imunológica, não há componente genética e pode não ser crónica, depende sempre da intolerância do organismo. Por exemplo, a intolerância à lactose pode aparecer em qualquer fase da vida e depois desaparecer ou atenuar-se. Atualmente, fala-se ainda da sensibilidade ao glúten não celíaca que acontece em pessoas que não têm testes para a doença celíaca positivos, mas que ao retirar o glúten da alimentação tem alívio de diversos sintomas. Este caso já começa a ser reconhecido pela classe médica e tem vindo a ser estudado mas ainda é uma questão recente e só deve ser considerado após realizar os exames para a DC.

Todas estas situações clínicas se tratam com a retirada do glúten da alimentação.

E afinal, onde é que podemos encontrar o glúten na alimentação?

O glúten está presente no trigo, centeio e cevada e obviamente que todos os derivados contêm glúten na sua composição (espelta, kamut…). A aveia, ainda que seja bastante controversa, a Associação Portuguesa de Celíacos continua a considerar a aveia nos alimentos proibidos porque não existe aveia pura em Portugal, estando sempre sujeita a contaminação cruzada. A aveia naturalmente não contém glúten, por isso, cultivada em condições próprias não constitui perigo. Outra questão alusiva ao consumo de aveia prende-se com o facto de que, uma pequena percentagem dos doentes celíacos, desenvolve também reação à avenina, componente da aveia. Quando um celíaco quer introduzir aveia na sua alimentação, mesmo que certificada, deve fazê-lo de acordo com critérios específicos e as devidas precauções, sempre com acompanhamento médico e nutricional.

Qual é o papel da Associação Portuguesa de Celíacos no acompanhamento das pessoas com o diagnóstico de doença celíaca?

Temos um serviço de nutrição e prestamos apoio ao recém-diagnosticado ou com diagnóstico feito anteriormente para aconselhamento. É feita uma educação alimentar específica para a doença no sentido de que a pessoa possa perceber o que pode ou não comer, que alimentos contêm ou não glúten. Também ensinamos a fazer a leitura de rótulos, o que se torna de extrema importância para a vida diárias destes indivíduos. Toda a informação dada e material é desenvolvido pela associação e é devidamente sustentado pela literatura científica.

A associação realiza ainda encontros científicos, dá formação e promove workshops de culinária. É desenvolvida ainda uma revista, dinamização de redes sociais e toda a parte de comunicação é desenvolvida pela própria associação.

O mercado e a restauração têm oferta suficiente para pessoas com doença celíaca ou ainda existem limitações neste sentido?

Ao nível de hipermercados e produtos embalados já existe muita oferta e encontra-se com muita facilidade. As pessoas que poderão sentir essa dificuldade, normalmente encontram-se no interior do país, onde a acessibilidade a estes produtos é menor. No campo da restauração é que ainda existem algumas limitações mas, ainda assim, tem vindo a registar grandes melhorias. Também devido a uma moda que se prende com a retirada do glúten da alimentação por outros motivos não alusivos à patologia, já existem muitos espaços de restauração com opções sem glúten. O problema para os celíacos, neste caso, é a contaminação cruzada e, por isso, alguns sítios com menus sem glúten podem eventualmente conter vestígios. Em casa, é possível controlar… dificilmente isso acontece num restaurante. A APC tem um projeto com uma empresa de higiene e segurança alimentar e, nesse sentido, realiza consultoria e certifica estabelecimentos aptos a uma alimentação totalmente isenta de glúten. Nesta questão, cabe ao celíaco ter sentido crítico e comprar alimentos apenas em locais certificados. O site da APC disponibiliza toda esta informação.

Uma alimentação sem glúten tem de ser obrigatoriamente mais cara?

Não, de todo. É verdade que os alimentos naturalmente com glúten na sua versão sem glúten são mais caros, no entanto, o celíaco não precisa de comer massa todos os dias, nem bolachas ou bolos. Existem cereais sem glúten mais caros mas também já existem marcas com preços idênticos aos cereais ditos normais. O pão sem glúten é mais caro mas pode ser feito em casa, ficando mais próximo dos valores dos outros pães de trigo ou de outro cereal. O mesmo acontece com os bolos: podem ser feitos em casa com farinhas isentas de glúten.

Relativamente “à moda”, existem pessoas que retiram o glúten da alimentação por opção. Há algum benefício associado ou alteração, por exemplo, ao nível do peso?

Não há estudos cientificos que indiquem que retirar o glúten sem nenhuma patologia presente ou sintoma, tenha benefício. Se uma pessoa, ao retirar o glúten, evitar comer uma série de alimentos processados, diminuir a quantidade de pão, massas, bolachas e bolos, que são normalmente alimentos mais calóricos, obviamente que terá diminuição de peso mas isso não acontece por causa do glúten, pelo menos de forma direta. É ainda importante referir que os alimentos sem glúten, processados, por vezes até são mais calóricos e com mais gordura que os alimentos originais.

Um agradecimento especial à Dr.ª Rita Jorge e à Associação Portuguesa de Celíacos. Visite o site em www.celiacos.org.pt. Alertamos ainda para o facto de que, se tem sintomas ou queixas associadas ao consumo de glúten, aconselhe-se com o seu médico gastroenterologista.

 

 

 

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Ideias para diversificar as suas Saladas

O tempo tem vindo a dar tréguas e o aumento das temperaturas já indicam a chegada do tempo das saladas. Ainda que conhecidas como pratos de Verão, podem e devem estar na sua alimentação todo o ano. São, regra geral, pratos leves e saudáveis, compostos por vegetais e outros componentes. Pode adicionar componentes proteicas, como por exemplo: frango cozido ou grelhado, atum em água, pescada cozida, ovo cozido, delícias do mar, tofu, grão, feijão-frade, ervilhas – trata-se de uma questão de imaginação porque as opções são muitas e não estão todas descritas. Varie sempre e escolha sempre opções com pouca gordura.

Como referido anteriormente e, de acordo com o que é adicionado, uma salada poderá ser uma opção nutricionalmente adequada, equilibrada e muito agradável.

Hoje damos algumas sugestões para enriquecer este tipo de prato:

  1. Adicione frutas: ananás, melão, maçã, pêssego, manga são opções que combinam muito bem com qualquer salada.
  1. Adicione molhos diferentes e saudáveis:
  • Molho vinagrete
  • Molho de abacate: 1/2 abacate, sumo de 1 limão e folhas de hortelã e pimenta preta.
  • Molho de mostarda e mel: 1 colher de sobremesa de mel, 1 colher de sopa de mostarda e 2 colheres de sopa de queijo quark.
  • Molho de cebola e coentros: colocar no liquidificador 1 cebola cozida, 2 colheres de sopa de azeite e coentros a gosto.
  • Molho de iogurte: 4 colheres de iogurte, sumo de 1/2 limão, sementes de linhaça e hortelã ou salsa a gosto.
  1. Varie a base: existe uma gama vasta de bases que pode optar, não exclusivamente alface. Esta tem diversas versões: frisada, lisa, iceberg, roxa e pode dar um toque diferente aos seus pratos. Couve-roxa, lombarda, chinesa e rúcula são outras opções que conferem nutrientes e paladar. Poderá ainda colocar uma componente glicídica como: massa, arroz, batata, batata-doce, couscous, quinoa ou millet.
  1.  Adicione sementes: chia, papoila, abóbora, sésamo, linhaça, girassol e abóbora. Ao adicionar estes alimentos, enriquece o valor nutricional da sua salada e permite adicionar fibra ao preparado, benéfica na regulação do trânsito intestinal e na regulação dos níveis de açúcar no sangue.
  1. Tempere e aromatize comervas frescas e especiariasa gosto. Evite ao máximo a adição de sal.

Ainda que com o desejo que o tempo quente se mantenha, encorajamo-lo a incluir saladas na sua alimentação todo o ano, com alimentos sempre diferentes, um prato colorido, com reduzido teor de gordura e sal e com um valor nutricional considerável, destacando-se a presença de vitaminas e minerais provenientes dos legumes e frutas adicionados.

Saiba mais ainda aqui

 

Açai

Saberes e Sabores: Açaí

Já conhece o açaí?

Está à venda na forma de polpa e não só podemos adquiri-la em supermercados como também já a podemos consumir em certos cafés ou restaurantes, com inúmeras variantes e complementos que pode escolher e adicionar.

Em forma de baga, arroxeado e originário da América do Sul, tem vindo a ser considerado um alimento funcional devido ao seu poder antioxidante. Normalmente é consumido na forma de polpa, juntamente com cereais integrais ou outros frutos ou até mesmo fazendo sumos a partir da mesma.

Como é um fruto calórico, com cerca de 250 kcal por 100g, deverá ter em consideração e tomar algum cuidado com as quantidades e tipos de alimentos que adiciona à polpa, complementos esses que vão aumentar ainda mais o valor calórico da preparação. Tem ainda um teor interessante de lípidos insaturados, gorduras benéficas ao organismo, e um alto valor vitamínico destacando-se as vitaminas do complexo B, A e C. Poderá adicionar granola caseira, aveia ou outros cereais integrais sem açúcar, frutos secos em moderada quantidade, iogurte magro ou queijo quark e outras frutas. Constitui um ótimo pequeno-almoço ou lanche alternativo.

Ainda que seja necessário mais trabalho neste sentido, têm sido realizados estudos científicos no sentido de comprovar os benefícios do açaí para a saúde, destacando-se:

  • Antioxidante
  • Protetor cancerígeno
  • Protetor cardiovascular
  • Reduz os níveis de colesterol sanguíneo
  • Melhoria dos valores de glicémia e resposta à insulina

 

O açaí é, portanto, uma opção saudável e diferente para os seus pequenos-almoços e lanches. Rico em antioxidantes e nutrientes é uma excelente variante para as suas refeições – basta usar a imaginação e adicionar complementos diferentes!

SARRACENO

Trigo Sarraceno

O trigo sarraceno, também conhecido por trigo mourisco, por muito que o nome indique diretamente a sua origem não se deixe enganar pois não se trata de um tipo de trigo mas sim de uma variante da família da quinoa. Tem vindo a ganhar fama pelas suas propriedades nutricionais, nomeadamente pelo facto de ser isento de glúten. O grão é transformado em farinha ou processado em grumos (semelhante ao arroz) ou massas alimentícias.

É um alimento altamente nutritivo de baixo índice glicémico por isso é benéfico em situações clínicas como a diabetes, sendo que os hidratos de carbono presentes têm pouco impacto na alteração dos níveis de açúcar no sangue. Tem ainda uma quantidade importante de fibra e amido resistente, favorável à saúde e preservação da flora intestinal, constituindo uma excelente fonte para quem sofre de obstipação.

Ainda que não seja particularmente rico em vitaminas, o trigo sarraceno fornece um aporte considerável de minerais, nomeadamente: manganésio, cobre, magnésio, ferro e fósforo. Comparativamente com outros cereais, como a aveia, trigo, cevada e centeio, o trigo sarraceno possui maior teor em antioxidantes, tendo ação anti-inflamatória e neuroprotectora.

Em suma, os efeitos na saúde já estudados destacam benefícios como:

  • Redução do colesterol sanguíneo;
  • Efeito antidiabético;
  • Anti-inflamatório
  • Efeito protetor cancerígeno
  • Efeito cardioprotector
  • Diminui tensão arterial
  • Melhora perfil lipídico sanguíneo

Na prática, poderá incluí-lo na sua alimentação, em pães, bolachas, papas ou outro tipo de preparados. É uma opção viável para celíacos e intolerantes ao glúten por se verificar a sua isenção. Da próxima vez que for às compras, considere o trigo sarraceno na sua lista de compras, utilize-o nas suas receitas e experimente sempre com ingredientes diferentes, diversificando ao máximo os sabores e a sua alimentação!

 

 

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NEWS: Inquérito alimentar nacional e de atividade física – resultados relevantes.

Há 35 anos que um estudo com esta dimensão e temática não era realizado em Portugal. O estudo foi feito numa amostra representativa da população portuguesa e os resultados são importantes para caracterizá-la quanto aos hábitos alimentares e de atividade física. É ainda relevante no sentido de se estabelecer uma comparação daquilo que era o estado da população há 35 anos atrás.

Os resultados revelam que os portugueses comem, em média, o triplo da quantidade de carne, peixe e ovos e ingerem reduzidas quantidades de produtos hortícolas e fruta. Especificamente para o consumo de carne, os números superam a média de 100g por dia, dado este promotor do aparecimento de cancro do cólon.

Ainda não menos importante, no âmbito da atividade física, os portugueses são pouco ativos, não praticando atividade física regularmente, sendo que apenas 42% o faz com regularidade.

Outro dado importante relativamente ao consumo alimentar é o facto de 21% dos alimentos que os portugueses consomem não estarem sequer presentes na Roda dos Alimentos, sendo eles: doces, bolachas açucaradas, snacks salgados, pizzas e ainda uma prevalência considerável no consumo de refrigerantes em crianças e adolescentes.

O estudo em causa, sustenta a ideia de que a obesidade é um problema crescente, dando conta de 22% de obesos e 35% em pré-obesidade. Quanto à gordura abdominal, conhecida por promover complicações ao nível cardiovascular, 50% é o resultado obtido.

Em suma, o inquérito alimentar nacional e de atividade física revela a importância em alterar comportamentos e estilos de vida. Nunca é demais referir a importância da alimentação saudável e dar ênfase à nutrição enquanto cuidado de saúde, e não só como uma questão estética. Também a atividade física é de extrema importância, nomeadamente aliada a uma alimentação adequada às necessidades de cada indivíduo.

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NEWS: Proibidas máquinas com produtos prejudiciais à saúde no SNS

O despacho já havia sido publicado em Junho de 2016. O mesmo definiu que instituições hospitalares e centros de saúde, ou qualquer outra instituição do Ministério da Saúde, passam a ser proibidos de ter máquinas de venda automática de alimentos ditos prejudiciais à saúde: ricos em açúcar e gorduras, e com elevado valor calórico. A medida abrange ainda as máquinas de bebidas quentes, sendo é então obrigatória a redução da quantidade de açúcar que pode ser adicionado para um máximo de 5g (menos que um pacote de açúcar habitual que tem 7g).

O diploma entrou em vigor a 6 de Setembro mas as instituições tiveram até ao início deste mês para rever os contratos e proceder às alterações previstas na lei.

Assim, e em contrapartida, as máquinas de venda automática deverão disponibilizar obrigatoriamente garrafas de água, fruta fresca, produtos lácteos simples e preferencialmente sem adição de açúcar, néctares e sandes com queijo, fiambre ou outros produtos sempre com baixo teor de gordura e sal.

A equipa Nutrihome aprova esta medida já que, afinal, em instituições cujo o trabalho primordial é a promoção da saúde e o tratamento da doença, não fazia sentido a disponibilização de produtos alimentares com contribuição direta para o aparecimento de situações clínicas indesejáveis e diversos problemas de saúde associados. Em contrapartida, a alternativa proposta é também uma medida importante, por promover alternativas e escolhas mais saudáveis junto dos consumidores.

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NEWS: França proíbe máquinas de oferta ilimitada de bebidas

Dada a importância da temática da obesidade, nunca é demais referir a necessidade de medidas de promoção de estilos de vida saudáveis, nomeadamente de uma alimentação mais adequada.

A nova legislação aplicada em França, tem como principal objetivo o combate à obesidade, cuja prevalência da população é de 15,3%. A mesma prevê a impossibilidade de ir a um restaurante, pagar um determinado valor pela refeição e encher o copo numa máquina, as vezes que a pessoa desejar. Por conterem açúcares ou adoçantes artificiais, desta lista de bebidas fazem parte os refrigerantes, concentrados à base de água, leite, cereais e fruta, néctares e bebidas energéticas. A diminuição do consumo deste tipo de produtos alimentares é importante já que o mesmo tem grande contributo para o excesso de peso e obesidade.

Em Portugal, entrou recentemente em vigor, uma nova legislação que prevê um imposto sobre as bebidas açucaradas, nomeadamente refrigerantes. A mesma medida já havia sido implementada em França: um importo sobre as bebidas que contenham açúcar ou outros edulcorantes e teve um forte impacto do consumo já que, estudos feitos posteriormente, revelaram uma diminuição no consumo de bebidas com gás.

Ainda por cá, outras medidas serão adotadas no sentido de diminuir o consumo de açúcar por parte da população, por exemplo, diminuir a quantidade de açúcar dos pacotes disponibilizados em cafés e superfícies de restauração. A medida ainda não foi aplicada mas espera-se que o mesmo seja realizado em breve.

Medidas como as referidas são de extrema importância, contribuindo para a alteração do padrão de consumo alimentar, reduzindo a ingestão de alimentos cuja a composição nutricional em nada favorece a saúde do indivíduo.

 

First Lady Michelle Obama has lunch with students at Parklawn Elementary School in Alexandria, Va., Jan. 25, 2012. The First Lady and Agriculture Secretary Tom Vilsack visited the school to sample a healthy meal that meets the United States Department of AgricultureÕs new and improved nutrition standards for school lunches. (Official White House Photo by Chuck Kennedy)

This official White House photograph is being made available only for publication by news organizations and/or for personal use printing by the subject(s) of the photograph. The photograph may not be manipulated in any way and may not be used in commercial or political materials, advertisements, emails, products, promotions that in any way suggests approval or endorsement of the President, the First Family, or the White House.Ê

NEWS: Depois de Michelle – Políticas de Alimentação Saudável desenvolvidas

 

Barack Obama deixou a presidência dos Estados Unidos da América há cerca de 1 mês, deixando oportunidade para reflexão das políticas desenvolvidas pelo mesmo, mas não só… Michelle Obama, ex primeira-dama, teve um papel fundamental na implementação de políticas de promoção da alimentação saudável e prevenção em saúde, nomeadamente na população jovem. Vejamos:

  • Criou programas de combate à obesidade infantil, através da plataforma “Let’s move”, formando e sensibilizando crianças e as suas famílias, professores e educadores, para a prática de atividade física e adoção de uma alimentação saudável. Este programa teve ainda uma ação direta nas escolas, capacitando-as não só no sentido de poderem dar formação no âmbito da nutrição e alimentação, como também na disponibilização de refeições saudáveis para crianças e adolescentes.
  • Juntou os movimentos “Let’s move”, FLOTUS e Partnership for a Healthier America (PHA) no sentido de promover o acesso fácil a alimentos saudáveis, diminuindo o seu preço. Estabeleceu ainda diversas parcerias com empresas da indústria alimentar e cadeias de restauração, no sentido de disponibilizar menus e alternativas saudáveis para os consumidores.
  • Melhorou o esquema de rotulagem nutricional dos Estados Unidos da América, a maior mudança dos últimos 20 anos neste âmbito, tornando a rotulagem mais clara e de fácil compreensão.
  • Promoveu diversas iniciativas de promoção à prática de exercício físico, incentivando as crianças e realizar desportos e atividade física dentro e fora da escola.

Muitas foram as medidas adotadas por Michelle no que diz respeito à promoção de hábitos alimentares saudáveis e à educação nutricional das crianças, tanto nas escolas como em suas casas. O trabalho realizado deverá ser exemplo para o futuro, no sentido de dar continuidade às medidas adotadas e atuar ainda mais junto da população, nomeadamente nas crianças. O seu desempenho nesta área foi crucial como chamada de atenção para a problemática e que iniciativas destas são sempre bem-vindas por parte do governo e de entidades privadas. No fundo, Michelle espalhou a mensagem de que há sempre algo que podemos fazer e todos podemos contribuir para a mudança começando já em nossas casas!